TESTE DE
IMUNOFLUORESCÊNCIA
O
teste de imunofluorescência é um dos mais utilizados no diagnósticos de
laboratório para a pesquisa de anticorpos e cada vez mais com anticorpos
monoclonais para a pesquisa de microrganismos e seus componentes em espécimes
clínicas. Baseia-se na capacidade das moléculas de anticorpo se ligarem
covalentemente a fluorocromos sem perder sua reatividade específica com o
antígeno. Os fluorocromos clássicos são a fluoresceína e a rodamina. Após os fluoróforos
serem excitados por um determinado comprimento de onda, emitem fótons de luz
fluorescentes a um comprimento de onda superior.
Teste de
Imunofluorescência Direta
O teste
de imunofluorescência direta é empregado na pesquisa e na localização de
antígenos em células ou tecidos através de um anticorpo específico marcado com
fluorocromo (conjugado). O conjugado se fixa ao antígeno, formando um
imunocomplexo estável. O anticorpo não ligado é removido por lavagens e o
preparado é observado em microscópio de fluorescência.
O teste
tem sido utilizado para a pesquisa de Chlamydia trachomatis, Treponema
pallidum, Legionnella sp, Escherichia coli, estreptococos ß-hemolítico do
grupo A e vários vírus, com os do herpes simples tipo 1 e 2, o citomegalovírus,
os da influenza tipo A e B, os da parainfluenza 1,2 e 3, o da varicela-zoster e
o adenovírus.
Teste de
Imunofluorescência Indireta
A
sensibilidade dos testes de imunofluorescência é limitada ao nível de
fluorescência detectável pelo olho humano; por isso, o teste de imunofluorescência
indireta tem sido empregado para amplificar o sinal e aumentar a sensibilidade.
Pode ser empregado na pesquisa de antígenos ou de anticorpos.
* Para a Pesquisa de Antígenos
Consiste
na incubação da célula ou tecido em que se quer pesquisar o antígeno com o
anticorpo específico obtido em animal conhecido ou monoclonal, levando a
formação de um imunocomplexo. Após a lavagem, a preparação é incubada com um
conjugado de antiimunoglobulina produzida em outra espécie de animal.
* Para a Pesquisa de Anticorpos
Esse
teste refere-se à detecção de anticorpos reativos no soro do paciente utilizando
um segundo anticorpo marcado. Antígenos padronizados são fixados a lâminas de
vidro. O soro do paciente é diluído, colocado sobre o antígeno e incubado para
permitir a formação do complexo antígeno-anticorpo. Após lavagens, a preparação
é incubada com o conjugado fluorescente e, se houver anticorpo no soro, o
conjugado reage com o anticorpo específico para o antígeno. Habitualmente, a
imunofluorescência indireta é utilizada na detecção de auto-anticorpos, e
também, na detecção de anticorpos anti-nucleares encontrados em grande
quantidade no soro de pacientes com doenças autoimunes, como o lúpus
eritematoso sistêmico.
TÉCNICAS COM MARCADORES RADIOATIVOS
Radioimunoensaio
O
radioimunoensaio é um dos métodos mais sensíveis para a análise quantitativa
das reações antígeno-anticorpo, permitindo medidas rápidas e precisas; mesmo em
preparações não purificadas, apresenta limiar de detecção da ordem de
nanogramas ou picogramas. Como limitações destacam-se o custo do teste, a vida
média dos reagentes e o risco operacional.
O
radioimunoensaio pode ser utilizado para quantificar hormônios, drogas,
marcadores tumorais, alérgenos e anticorpos e antígenos em doenças
parasitárias. Há muitas variações, mas o princípio é o mesmo: a quantidade de
reagente marcado (antígeno ou anticorpo) quantifica o antígeno ou anticorpo
não-marcado na amostra.
Radioimunoensaio Direto
No
radioimunoensaio direto, uma quantidade fixa e limitada de anticorpo é ligada a
um suporte sólido. Adiciona-se uma quantidade fixa e pequena de antígeno
marcado, misturada com uma amostra em teste ou com as soluções padrão que
contêm concentrações conhecidas do antígeno não-marcado. Após um período de
incubação, remove-se o antígeno não ligado e faz-se a medida da radioatividade
da fase sólida. A partir da resposta obtida, a concentração do antígeno em
teste é estimada por interpolação na curva.
Radioimunoensaio de competição
No
radioimunoensaio de competição, uma quantidade fixa do antígeno é imobilizada
em um suporte sólido. Adiciona-se uma quantidade fixa de anticorpo marcado
específico, misturada com a amostra em teste ou uma série de soluções padrão
com concentrações variadas do antígeno solúvel. Após um período de incubação, o
anticorpo marcado que não se ligou à fase sólida e o antígeno solúvel são
removidos por lavagem e faz-se a medida da radioatividade da fase sólida. A
partir da resposta obtida, a concentração do antígeno em teste é estimada por
interpolação na curva.
Radioimunoensaio de captura
No
radioimunoensaio de captura, uma quantidade fixa de anticorpo é imobilizada em
um suporte. A solução teste, com quantidade desconhecida de antígeno, ou as
soluções padrão, com concentrações conhecidas do antígeno são adicionadas. Após
a incubação, remove-se o antígeno não-ligado e adicionam-se anticorpos marcados
específicos para o antígeno, com sítio de ligação diferente do sítio do
anticorpo de fase sólida. O anticorpo marcado não-ligado é removido por lavagem
e faz-se a medida da radioatividade da fase sólida. A partir da resposta
obtida, a concentração do antígeno em teste é estimada por interpolação na
curva.
Fontes:
http://sitebiomedico.br.tripod.com/infeccoes.htm
Ferreira, A. Watter; Ávila, Sandra L.M. Diagnóstico
Laboratorial .1996, editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro - RJ.
http://slideplayer.com.br/slide/334179/
http://www.biomedicinapadrao.com.br/2011/08/ifd.html