O Ministério da Saúde estima que, dos 700 mil brasileiros que convivem com o HIV, 150 mil não saibam que são soropositivos. Embora a prevalência de pessoas convivendo com o vírus seja considerada baixa para o conjunto da população (0,4%), a infecção é alta entre meninas entre 14 e 19 anos e meninos gays. Considerando esse cenário, além do controle da própria doença o diagnóstico também é importante para que a pessoa não transmita o vírus.
O diagnóstico rápido do HIV é extremamente importante para o soropositivo. A identificação precoce do problema e a busca imediata pelo tratamento são atitudes que aumentam a qualidade de vida da pessoa e fazem com que ela tenha mais chances de viver normalmente.
Quando
devo realizar o teste?
Entende-se por situação de risco comportamentos que colocam o indivíduo em ocasiões em que ele pode entrar em contato com o vírus - a relação sexual entre pessoas do mesmo sexo ou sexo diferente, compartilhamento de seringas e reutilização de objetos cortantes. Após ter vivenciado uma situação de risco, a pessoa deve esperar alguns dias para realizar o teste. Entre o momento da contaminação e a possibilidade de detecção da infecção existe um período chamado de janela imunológica, por isso, deve-se esperar aproximadamente 30 dias para que o teste obtenha um resultado confiável.
Segundo o consenso para terapia anti-retroviral em adultos infectados pelo HIV (2008), no item métodos de diagnóstico da infecção pelo HIV, destaca: O período total para a detecção de anticorpos, isto é, a janela imunológica, é a soma do período de eclipse (sete dias) e do período de detecção de anticorpos anti-HIV da classe IgM (22 dias), ou seja, em média 29 dias, já que em torno de 90% das infecções são detectadas nesse período.
Se um teste de detecção de HIV é feito durante o período da janela imunológica, há possibilidade de um resultado falso-negativo, caso a pessoa esteja infectada pelo vírus. Portanto, se o teste for feito no período da janela imunológica e o resultado for negativo, é necessário realizar um novo teste, dentro de dois meses, como segurança.
No Brasil, pode-se fazer exames laboratoriais sorológicos ou testes rápidos caseiros. O Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza os testes gratuitamente na rede pública e em Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA). O diagnóstico acontece através da coleta de sangue e pode ser feito de forma anônima.
Os testes rápidos caseiros de HIV já foram abordados em um outro blog nesse período, para saber mais sobre eles, acesse: http://examinandoemcasa.blogspot.com.br/2014/11/teste-de-hiv-e-o-dono-do-exame.html
Como meu blog trata de exames imunológicos, irei limitar-me a falar sobre os exames laboratoriais sorológicos.
Os testes rápidos caseiros de HIV já foram abordados em um outro blog nesse período, para saber mais sobre eles, acesse: http://examinandoemcasa.blogspot.com.br/2014/11/teste-de-hiv-e-o-dono-do-exame.html
Como meu blog trata de exames imunológicos, irei limitar-me a falar sobre os exames laboratoriais sorológicos.
Exames laboratoriais sorológicos
O teste anti-HIV parece ser um bom marcador de infecção ativa ou latente. O imunoensaio enzimático (ELISA) é o teste de triagem diagnóstico padrão para o HIV, sendo o mais realizado para diagnosticar a doença. Nele, profissionais de laboratório buscam por anticorpos contra o HIV no sangue do paciente.
Quando é detectado algum anticorpo anti-HIV no sangue, é necessária a realização de outro teste adicional, o teste confirmatório. Nele, os profissionais do laboratório procuram fragmentos do HIV, vírus causador da Aids.
São usados como testes confirmatórios, o Western Blot, o Teste de Imunofluorescência indireta para o HIV-1 e o imunoblot.
Quando é detectado algum anticorpo anti-HIV no sangue, é necessária a realização de outro teste adicional, o teste confirmatório. Nele, os profissionais do laboratório procuram fragmentos do HIV, vírus causador da Aids.
São usados como testes confirmatórios, o Western Blot, o Teste de Imunofluorescência indireta para o HIV-1 e o imunoblot.
Reação de ensaio imunoenzimático (ELISA): A presença dos anticorpos é revelada por meio do acoplamento de uma enzima ao anticorpo que formará o complexo ao se ligar ao antígeno. Essa técnica é utilizada como teste inicial para detecção de anticorpos contra o vírus devido à sua alta sensibilidade e por isso é considerado o principal teste utilizado no diagnóstico sorológico do HIV. Para saber mais sobre ele acesse: http://bioquimicaimunologica.blogspot.com.br/2014/11/tecnicas-imunoenzimaticas.html
Imunofluorescência indireta para o HIV-1: A presença dos anticorpos é revelada por meio de microscopia de fluorescência. A imunofluorescência foi muito utilizada como teste confirmatório da infecção pelo HIV na primeira década da epidemia, mas, atualmente, foi substituída pelo western blot e imunoblot. Para saber mais sobre ele acesse: http://bioquimicaimunologica.blogspot.com.br/2014/10/tecnicas-de-imunoflorescencia-e-com.html
Imunoblot: neste teste, proteínas recombinantes e/ou peptídeos sintéticos, representativos de regiões antigênicas do HIV-1 e do HIV-2 são imobilizados sobre uma tira de nylon. Além das frações virais, as tiras contêm regiões de bandas controle (não virais) que são empregadas para estabelecer, por meio de comparação, um limiar de reatividade para cada banda viral presente. O imunoblot rápido é semelhante ao imunoblot, porém utiliza a plataforma de migração dupla, permitindo a detecção de anticorpos em menos de 30 minutos.
Western blot: este teste envolve, inicialmente, a separação das proteínas virais por eletroforese em gel de poliacrilamida, seguida da transferência eletroforética dos antígenos para uma membrana de nitrocelulose. O soro do paciente, onde se faz a pesquisa dos anticorpos contra o HIV, é colocado em contato com esta membrana. As reações antígeno-anticorpo são detectadas por meio da reação com anti-imunoglobulina humana, conjugada com uma enzima. Após uma reação de oxi-redução e de precipitação, as proteínas virais são visualizadas sobre a fita de nitrocelulose. Esse teste tem alta especificidade e sensibilidade.
Imunofluorescência indireta para o HIV-1: A presença dos anticorpos é revelada por meio de microscopia de fluorescência. A imunofluorescência foi muito utilizada como teste confirmatório da infecção pelo HIV na primeira década da epidemia, mas, atualmente, foi substituída pelo western blot e imunoblot. Para saber mais sobre ele acesse: http://bioquimicaimunologica.blogspot.com.br/2014/10/tecnicas-de-imunoflorescencia-e-com.html
Imunoblot: neste teste, proteínas recombinantes e/ou peptídeos sintéticos, representativos de regiões antigênicas do HIV-1 e do HIV-2 são imobilizados sobre uma tira de nylon. Além das frações virais, as tiras contêm regiões de bandas controle (não virais) que são empregadas para estabelecer, por meio de comparação, um limiar de reatividade para cada banda viral presente. O imunoblot rápido é semelhante ao imunoblot, porém utiliza a plataforma de migração dupla, permitindo a detecção de anticorpos em menos de 30 minutos.
Western blot: este teste envolve, inicialmente, a separação das proteínas virais por eletroforese em gel de poliacrilamida, seguida da transferência eletroforética dos antígenos para uma membrana de nitrocelulose. O soro do paciente, onde se faz a pesquisa dos anticorpos contra o HIV, é colocado em contato com esta membrana. As reações antígeno-anticorpo são detectadas por meio da reação com anti-imunoglobulina humana, conjugada com uma enzima. Após uma reação de oxi-redução e de precipitação, as proteínas virais são visualizadas sobre a fita de nitrocelulose. Esse teste tem alta especificidade e sensibilidade.
Western-Blot |
Testes moleculares:
A detecção molecular de ácido nucleico se baseia na detecção e/ou quantificação do material genético do HIV (RNA do HIV no sangue ou DNA pró-viral em células infectadas) por meio da amplificação do ácido nucléico com o uso da reação em cadeia da polimerase (PCR) e detecção em tempo real de fluorescência emitida por uma sonda específica para uma assinatura genética do vírus.
Fontes:
http://www.plugbr.net/exame-de-hiv-recomendacoes-para-realizacao-em-caso-de-exposicao-a-situacao-de-risco/
http://www.boasaude.com.br/artigos-de-saude/2591/-1/existe-mais-de-um-exame-para-detectar-o-hiv.html
http://www.aids.gov.br/pagina/testagem-para-hiv